quinta-feira, 10 de março de 2011

Pensamento


" Os bons vi sempre passar
No Mundo graves tormentos;
E pera mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
Cuidando alcançar assim
O bem tão mal ordenado,
Fui mau, mas fui castigado.
Assim que, só pera mim,
Anda o Mundo concertado "

Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/luis-de-camoes/ao-desconcerto-do-mundo.php

Video Grandes Portugueses Luís de Camões



Fonte: YouTube

Vida de Luís Vaz de Camões


Nascido por volta de 1524-1525 em Lisboa ou Coimbra, um dos vultos maiores da literatura da Renascença, filho de Simão Vaz de Camões e de Ana de Sá e Macedo, familia nobre, morreu a 10 de Junho de 1580, em Lisboa. Pensa-se que estudou Literatura e Filosofia em Coimbra, tendo tido como protector o seu tio paterno, D. Bento de Camões. Atribuem-se-lhe vários desterros, sendo um para Ceuta, onde se bateu como soldado e em combate perdeu o olho direito (perda referida na Canção Lembrança da Longa Saudade) e outro para Constância, entre 1547 e 1550. É considerado o mais completo poeta português da sua época, ou até mesmo de toda a literatura de língua portuguesa, na sua obra, a língua portuguesa passou a expressar sentimentos, sensações, factos e ideias de uma forma que até então não foram alcançadas por ninguém. Tornou-se célebre não somente por ter escrito Os Lusíadas, longo poema épico que reflecte toda a história e cultura de Portugal, mas também por sua obra lírica, constituída por vários tipos de poemas, entre os quais os mais famosos são certamente os sonetos.

Depois de ter regressado a Lisboa, foi preso, em 1552, devido a uma rixa com um funcionário da Corte, e metido na cadeia do Tronco. Saiu no ano seguinte, perdoado pelo agredido e pelo rei, lê-se numa carta enviada da Índia, para onde partiu nesse mesmo ano. Pensa-se que foi nessa altura que compôs o primeiro canto de Os Lusíadas.

Parece não ter sido feliz na Índia. Goa decepcionou-o, como se pode ler no soneto "Cá nesta Babilónia donde mana". Tomou parte em várias expedições militares e, numa delas, no Cabo Guardafui, escreveu uma das mais belas canções: Junto dum seco, fero e estéril monte.

De seguida, viajou para Macau, onde exerceu o cargo de provedor-mor de defuntos e ausentes, e escreveu, na gruta actualmente reconhecida pelo seu nome, mais seis Cantos do famoso poema épico. Voltou a Goa, naufragando na viagem na foz do Rio Mecom, mas salvou-se, nadando com um braço e erguendo com o outro, acima das vagas, o manuscrito da imortal epopeia, facto documentado no Canto X, 128. Nesse naufrágio viu morrer a sua "Dinamene", rapariga chinesa que se lhe tinha afeiçoado. A esta fatídica morte dedicou os famosos sonetos do ciclo Dinamene, entre os quais se destaca Ah! Minha Dinamene! Assim deixaste. Em Goa sofreu caluniosas acusações, dolorosas perseguições e duros trabalhos, vindo Diogo do Couto a encontrá-lo em Moçambique, em 1568, "tão pobre que comia de amigos", trabalhando n''Os Lusíadas e no seu Parnaso, "livro de muita erudição, doutrina e filosofia".

Em 1569, após 16 anos de desterro, regressou a Lisboa. Só três anos mais tarde conseguiu obter a publicação da primeira edição de Os Lusíadas, que lhe valeu de D. Sebastião, a quem era dedicado, um pagamento anual de 15 000 réis pelo prazo de três anos e renovado pela última vez em 1582 a favor de sua mãe, que lhe sobreviveu.

Os últimos anos de Camões foram amargurados pela doença e pela miséria. Reza a tradição que se não morreu de fome foi devido à solicitude de um escravo Jau, trazido da Índia, que ia de noite, sem o poeta saber, mendigar de porta em porta o pão do dia seguinte.
O certo é que morreu a 10 de Junho de 1580, sendo o seu enterro feito a expensas de uma instituição de beneficência, a Companhia dos Cortesãos. Um fidalgo letrado seu amigo mandou inscrever-lhe na campa rasa um epitáfio significativo: "Aqui jaz Luís de Camões, príncipe dos poetas do seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente, e assim morreu."

Se a escassez de documentos e os registos autobiográficos da sua obra ajudaram a construir uma imagem lendária de poeta miserável, exilado e infeliz no amor, que foi exaltada pelos românticos, uma outra faceta ressalta da sua vida. Camões terá sido de facto um homem determinado, humanista, pensador, viajado, aventureiro, experiente, que se deslumbrou com a descoberta de novos mundos. Por isso, diz Jorge de Sena: "Se pouco sabemos de Caes, biograficamente falando, tudo sabemos da sua persona poética, já que não muitos poetas em qualquer tempo transformaram a sua própria experiência e pensamento numa tal reveladora obra de arte como a poesia de Camões é."
 
A 10 de Junho, comemora-se o Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas.


Fontes:



quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Mensagem de Boas-Vindas

Olá a todos, bem-vindos ao nosso blogue. Nós somos o Pedro e a Diana da Escola E.B 2,3 de Alexandre Herculano , do Cef Operador Pré-Impressão.
Espero que gostem do nosso blogue, vamos actualizando sermpre que possivel.


Até breve (: